Medo, um sentimento natural que nasce quando nos surgem estímulos reais, ameaçando nossa integridade física, emocional, moral ou social, trazendo frequentemente um sentimento de desamparo.
Sua função é sinalizar que existe um perigo e normalmente identificamos onde este perigo se encontra. É uma defesa que todos nós temos para não nos expormos a situações reais de risco, sem proteção e cuidados. É o sinal amarelo de um semáforo que pede atenção e cautela.
Ignorá-lo é se colocar exatamente no alvo dos perigos. Negá-lo é o mesmo que negar a própria capacidade em defender-se, dizendo de forma simbólica a si mesmo que não existe nenhum tipo de ameaça. Bloqueá-lo ou evitar senti-lo é um convite para um sentimento ainda mais intenso, que poderá levar a uma imobilização diante de alguns fatos e acontecimentos.
Aquele que sufoca seu próprio medo gasta grande parte de sua energia neste movimento e retira de si a percepção necessária para lidar com os desafios externos inevitáveis, não reunindo forças necessárias para combater suas fragilidades momentâneas e humanas.
É preciso converter o medo em garra para lutar a favor da segurança pessoal, sem contudo, enfrentar situações de risco real de peito aberto, “entrando de cabeça” na ameaça e o no perigo; e entendê-lo como uma oportunidade para o desenvolvimento de estratégias mais adequadas de crescimento e proteção.
TRANSFORMAR O MEDO EM UM ALIADO E NÃO VÊ-LO MAIS COMO UM INIMIGO É A NOSSA MELHOR ESCOLHA. É MOVIMENTAR-SE A FAVOR DE NOSSA PRÓPRIA VIDA.
Mas, se no entanto ele se tornar tão poderoso a ponto de levá-lo a fortes dores e sofrimentos emocionais e físicos, não desista. Muitas vezes descobrir o que o medo simboliza e representa em nossa vida é mais profundo do que se pode imaginar.
Em alguns casos, para explorá-lo e chegar a estas respostas com mais segurança, uma ajuda profissional torna-se necessária. Não precisamos deixar o medo nos ocupar e se tornar do tamanho ou maior que nossa sua própria vida. Este é um caminho perigoso, pois paralisa o desenvolvimento de estratégias adequadas para sentirmos confiantes.
Existem técnicas muito eficazes neste sentido, principalmente na abordagem cognitivo-comportamental ou racional-emotiva que visam, de uma forma relativamente breve e objetiva, modificar reações emocionais intensas, suavizando ou eliminando comportamentos paralisantes e prejudiciais.